The Runaways

quinta-feira, 2 de junho de 2011

The Runaways foi uma das primeiras bandas apenas de mulheres que surgiu. Formada em Los Angeles (Califórnia) no ano de 75, foi a escola de Lita Ford e Joan Jett, além de influência para muitas bandas femininas surgidas principalmente na década de 90, como L7, Babes in Toyland, Girlschool, 7 Year Bitch, entre outras.

No final do ano de 74, em uma festa de ALICE COOPER em Los Angeles, o empresário Kim Fowley conhece Kari Krome, na época uma garota de apenas 14 anos, que mostra a ele suas poesias e letras de músicas. Fowley decide montar uma banda e aproveitar o talento da menina.

Kim Fowley era um empresário de rock famoso da época. Escreveu letras e produziu álbuns de muitas bandas famosas. Chegou a fazer figurino e coreografias para as bandas, além de escrever livros de poesia. Para se ter apenas uma idéia do seu currículo, ele canta com Frank Zappa em “Freak Out”, é agradecido por Guns’n Roses e Poison em seus álbuns de estréia e escreveu letras para bandas e músicos como KISS, Slade, Mötley Crüe, Alice Cooper, Emerson, Lake & Palmer, Cat Stevens e The Byrds. Era conhecido também por seus shows e marketing um tanto controlador e fake para as bandas que agenciava. Ele chegou, inclusive, a fazer várias das letras do The Runaways.

Nascida na Filadélfia, Joan Jett conhece Fowley no estacionamento do RAINBOW Bar, em Los Angeles, com 17 anos de idade. Logo começa a tomar aulas de guitarra para formar a banda imaginada pelo empresário e assim se torna a primeira Runaway.

Fowley decide anunciar nos classificados locais vagas para as outras integrantes e consegue encontrar a baterista Sandy West, que acaba levando também Micki Steele para o baixo (mais tarde ela faria parte do The Bangles). Fowley, com seus contatos, consegue que Nick St. Nicholas do Steppenwolf ensine Micki a tocar baixo e a banda começa a se empenhar para gravar algumas demos.

Kari não poderia fazer parte da banda por ser muito nova, porém várias das letras são dela, por exemplo “Thunder”, “California Paradise” e “Yesterday’s Kids”. O nome da banda foi inspirado em suas letras, que falavam sobre “young runaways” (algo como as fugas ou escapes da juventude), além de ser uma homenagem a ela.

No final de 75 a banda lança o álbum “Born To Be Bad” contendo as músicas das demos que elas já haviam gravado, incluindo os covers de “I'm a Star” de Ian Hunter e “Wild Thing” do The Troggs. Na época elas ainda estavam aprendendo a tocar seus instrumentos e o som era cru, numa mistura punkrock.

Na ocasião do lançamento desse primeiro álbum, Kim Fowley promoveu na mídia norte-americana as Runaways com a imagem de adolescentes sensuais, o que, aliada ao fato de que elas tinham entre 15 e 17 anos e o som era bastante cru e quase amador, foi motivo mais do que considerável para a mídia logo rotular a banda como um grupo de adolescentes irresponsáveis, imaturas e que não tinham sustentação musical. Prova disso, é que a aceitação da banda era muito baixa no país e “Born to be Bad” acabou sendo lançado comercialmente nos EUA só em 91. A banda era vista como um produto da indústria e não como uma banda de rock genuína e honesta. Outro obstáculo era a vocalista Cherrie Currie se apresentar de lingerie e cantar letras sobre sexo, o que seria bastante aceitável para a maioria das pessoas se ela não tivesse apenas 16 anos.

A garota londrina Lita Ford se junta à banda e fica com a outra guitarra. Fowley e a banda buscavam mais maturidade e convidam também Peggy, que tinha 19 anos, para ocupar o posto de baixista, antes de Micki. Depois de apenas algumas semanas, ela e a vocalista Cherie discutem pela disputa de quem cantaria a balada “You're My Fantasy" (que acabou nunca sendo lançada), fazendo com que Peggy saia e Jackie Fox (Jacqueline Fuchs) entre em seu lugar.

Depois das mudanças, é lançado em 76 o álbum “The Runaways”, também mal aceito apesar de muita publicidade e promoção. Fowley ainda parecia para o público estar manipulando a banda e a tornando artificial e superficial e a imprensa continuava preconceituosa com a banda, desmerecendo seu trabalho. As Runaways chegaram a ser chamadas muitas vezes de “rebeldes sem causa”.

Além de tudo isso, mulheres num rock mais agressivo eram exceção à regra, ao contrário do folk e do acid rock que já havia aberto espaço para elas desde JANIS JOPLIN entre outras. Joan Jett rebate qualquer crítica mais tarde dizendo que “o álbum mostrou para garotas adolescentes que elas também podiam aprender a tocar um instrumento e montar uma banda. E não ficar atrás de garotos que faziam isso”.

Apenas no final de 76 elas começam a ganhar um pouco de espaço e fazem seu primeiro show, em Nova Iorque. Em fevereiro do ano seguinte sai “Queens of Noise” com produção de Fowley e Earle Mankey, que já havia trabalhado com Concrete Blonde e Beach Boys. O design de capa é de Desmond Strobel, que fez também as capas de “Uriah Heep” (71) e “Salisbury” (71) do Uriah Heep; “Masterpiece” (73) do Temptations e “Rumours” (77) do Fleetwood Mac, e a fotografia é de Barry Levine, que também fotografou o Kiss em “Alive II” (77) e “Killers” (82) e o ABBA em “Álbum” (78). Os temas novamente são sexo, DROGAS, festas e a convivência entre jovens nas ruas e seus problemas.

As rádios ainda tinham certa rejeição em tocar as músicas da banda, mas as Runaways começam a alcançar grande público no Japão, inclusive lotando vários shows. Prova disso é o próximo álbum, “Live in Japan”, não ter sido lançado nos EUA. Único ao vivo oficial, o álbum foi gravado na tour japonesa durante o mês de junho de 77 e quando a banda começa a ter problemas de relacionamento por causa da dominação do produtor e do abuso no uso de DROGAS. Boatos, desmentidos pelos envolvidos, de que a baixista Jackie Fox tentou o suicídio no Japão abalaram mais uma vez a imagem da banda nos EUA.

De volta a Los Angeles, Jackie deixa a banda. Currie também sai por brigas com Fowley e Joan se torna também vocalista. Vicki Blue se junta à banda na ocasião no posto de baixista. Mais tarde ela produziria o filme documentário “Edgeplay” sobre a história da banda.

“Live in Japan” marca o fim da formação original: Joan Jett, Cherie Currie, Lita Ford, Jackie Fox e Sandy West. Contendo faixas dos álbuns “The Runaways” e do “Queens of Noise”, foi o álbum mais vendido do estilo no Japão na época.

Mesmo com as mudanças de formação, em dezembro de 77 já é lançado “Waitin’ For The Night” pela Mercury Records, estreando o contrato recém-assinado. Apesar disso, novamente não alcança sucesso nem as vendas esperadas nos EUA e Fowley decide deixar o The Runaways no começo de 78. A banda ainda lutava contra o preconceito que a própria produção havia induzido.

Joan toma a liderança e começa a colocar ordem na casa, mas diferenças musicais começam a surgir. Joan tinha mais influências da música punk, enquanto Lita e Sandy pendiam mais para o heavy metal e glam. A banda então decide contatar Toby Mamis (que já produziu Suzi Quatro e Blondie) para trabalhar o próximo disco e ele acaba indicando John Alcock (Thin Lizzy) para a função.

“And Now... The Runaways” sai em setembro de 78 pela gravadora Cherry Red Records, também do Dead Kennedys, somente na Europa e no Japão. Mais tarde esse álbum é lançado nos EUA com o nome “Little Lost Girls” e com pequenas mudanças no setlist. Ambas as versões trazem os covers “Eight Days a Week” dos BEATLES e “Mama Weer All Crazee Now” do Slade. Os teclados ficaram por conta de Duane Hitchings, que já tocou com Alice Cooper, Jeff Back e Rod Stewart.

Mais uma mudança no posto de baixista e Laurie McAllister entra na vaga deixada por Vicki Blue. Os problemas de relacionamento pioram e Joan decide sair em abril de 79. Com sua saída a banda não consegue se sustentar e se dissolve pouco tempo depois. O último show da banda foi realizado em uma comemoração de fim de ano em 78, em São Francisco. Um álbum TThe Runaways foi uma banda de rock dos Estados Unidos. Traduzindo ao português, seu nome significa "As fugitivas". A banda torno-se famosa por ser uma banda composta somente por mulheres que tocavam rock and roll, mostrando que não só os homens conseguem fazer rock de qualidade. Entre suas canções mais conhecidas estão "Cherry Bomb", "Queens of Noise" e "Born to be Bad". Em sua curta carreira (que durou até 1979), o grupo não ficou apenas nos Estados Unidos, mas fez turnê na Europa e também no Japão.

A idéia inicial de criar uma banda só de garotas foi de Kim Fowley, um empresário procurando pelo próximo grande sucesso. Assim ele apresentou a baterista Sandy West à guitarrista Joan Jett. Chamaram ainda a baixista Micki Steele, sem esquecer da compositora da banda Kari Krome. Ao final do ano de 1975 estava formado o grupo de três garotas chamado "The Runaways".

Começaram a fazer alguns shows na Califórnia, e em 1976 a banda cresceu. Entrou a guitarrista solo de dezesseis anos Lita Ford e a cantora principal Cherie Currie. Além disso a baixista Micki Steele deixou a banda, sendo substituida por Jackie Fox. Com essas mudanças a banda atingiu grande sucesso. No mesmo ano, gravaram pela Mercury Records seu disco de estréia, intitulado "The Runaways". Do disco saiu o sucesso "Cherry Bomb", e a banda saiu em turnê nos EUA, cujos shows costumava esgotar os ingressos. Elas também fizeram a abertura de shows de banda já consagradas como Van Halen.

Em 1977 lançaram seu segundo álbum, chamado "Queens of Noise" e então começou a turnê mundial. No desembarque em um aeroporto do Japão, tinha tanta gente, que Joan Jett descreveu depois como sendo algo parecido com a Beatlemania. Tiveram muito espaço na TV japonesa, ganhando um álbum ao vivo. Ainda no Japão, Jackie Fox deixou a banda. Joan Jett assumiu os baixos temporariamente, e ao voltarem foram ocupados pela garota de dezessete anos Vickie Blue.

Então, a cantora Cherie Currie deixou a banda, e então, Joan Jett, que fazia a segunda voz, assumiu o vocal principal. A banda gravou seu terceiro álbum de estúdio "Waiting For The Night" e começou uma turnê mundial com a banda punk The Ramones.

Em 1978, disacordos de ordem financeira fizeram as Runaways e Kim Fowley romperem com suas relações empresariais. O gurpo contratou um novo empresário, que também trabalhava para o grupo Blondie e Suzi Quatro. Romperem suas relações também com a gravadora Mercury. Houve troca de acusações entre a banda e o ex-empresário, e a baixista Vickie Blue deixou o grupo, sendo substituida por Laurie McAllister. Gravaram então seu último álbum "And Now... The Runaways".

A banda acabou oficialmente em 1979, por causa de problemas internos e externos. Havia muitas críticas da imprensa estadunidense, que não estavam preparados para ver garotas adolescentes com atitude, que escreviam e tocavam as próprias músicas e seus próprios instrumentos. Existiam também os problemas internos. de constante troca de integrantes, e sub-gênero do rock a ser seguido. Joan Jett, guitarrista base preferia o punk, enquanto Lita Ford tinha preferência pelo Heavy Metal. A banda acaba, mas deixou a mensagem principal de que mulheres podem fazer Rock...

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Rock em sua vida
Além da música, o rock n`roll pode agregar muito mais pra vida das pessoas. Existem os fanáticos que nem saem de casa para assistir um programa de TV, ou aqueles que fazem qualquer loucura pra ver a banda favorita. Portanto, para o seu pai ou para o seu chefe que insistem em dizer que o rock não traz nada pra sua vida, esse artigo é pra eles.
Rock é um termo abrangente que define o gênero musical popular que se desenvolveu durante e após a década de 1950. O som do rock muitas vezes gira em torno da guitarra elétrica ou do violão e utiliza um fortebackbeat (contratempo) estabelecido pelo ritmo do baixo elétrico, da bateria, do teclado, e outros instrumentos como órgão, piano, ou, desde a década de 1970, sintetizadores digitais. Junto com a guitarra ou teclado, o saxofone e a gaita (estilo blues) são por vezes utilizados como instrumentos solo.

Se você se identifica com essas características, com certeza vai se encontrar na lista abaixo.

O que você já ganhou ou ainda pode ganhar com o rock:

Cabelo - Muito. Quanto mais, melhor. Todo roqueiro que se preze já teve ou quis ter o cabelo comprido. Essa é uma experiência única, que pode revelar personalidade, rebeldia, alguma fase da vida ou mesmo boas fotos para os filhos, netos... “Olha o papai quando era cabeludo”...

Conhecimento geográfico e cultural – “A banda fica na Costa Sul da Oceania. Nesse lugar, na região do oeste existem mais de 6.000 variedades de flores”. Se não fosse pelo rock, alguma vez você saberia da existência desse local ou desta cultura?

Leitura – Se você é um autêntico roqueiro deve ter lido no mínimo uns cinco livros de biografia do seu ídolo. Isso sem contar revistas, sites e o constante hábito de usar a internet para fazer busca de discografias.

Turismo – “Vale tudo para ver o show da melhor banda do mundo”. Com certeza você já pensou isso alguma vez. Portanto, o rock sempre foi uma boa desculpa pra te tirar de casa e te fazer viajar kilometros de distância para ver “o show” da sua vida.

Vida social – Existe show de rock sem mosh? Nãããão. Portanto, se você não tem a sua galera do rock, com certeza encontra pessoas malucas com objetivos semelhantes em eventos do gênero.

Moda – Vestimenta tipicamente preta, camisas de banda, acessórios pontiagudos, coturnos, tênis rasgados, piercings, tattos... Enfim, quando você começou a gostar de rock com certeza já foi identificado na rua como tal. Ah, e não é estereotipo não, mas é tipicamente característico do estilo.

Informações técnicas musicais – Com certeza você sabe definir o melhor riff da guitarra, o melhor solo ou a melhor “pegada rock `n roll”. Dificilmente o roqueiro sai de um show sem comentar os critérios técnicos apresentados.

Capacidade de oratória – “Quem falou que essa banda é rock? Rock mesmo é essa aqui”... Esse debate é comum entre os rockers. Nunca se viu tanto argumento junto quando é para discutir opiniões sobre uma banda ou outra.

Liberdade – Quem nunca se sentiu livre por ouvir sua música favorita no talo, sem ninguém pra incomodar? Se ainda não fez isso, experimente e depois conte pra alguém o significado da liberdade.

E até emprego... Muitas pessoas começam a trabalhar porque show de rock não é barato. Show internacional então, sem comentários. O tempo passa, o pai para de bancar e hora de contar com outro fornecedor de ingressos: o patrão.

Portanto, por mais que falem que não agrega valores, o rock te deu cultura, informação, estilo, responsabilidade, amigos e com certeza, os melhores momentos da sua vida!

O que o Rock tem a ver com a morte?

Taí uma boa pergunta. É normal rotular bandas de rock ou "roqueiros" como apreciadores da morte. É fato que muitas bandas carregam de fato, essa alusão pelo tema, através de suas letras depressivas, que falam sobre o desejo pelo fim da vida.


Mas a discussão em questão vai muito, além disso. Quero abordar aqui o pré-conceito que antecede a explicação dessa questão. Por que as pessoas pensam assim?

A cor preta: na cultura popular, é uma cor muito ligada à vestimenta do Rock n’ Roll e alguns de seus subgêneros, como o Heavy Metal e a tribo urbana dos góticos. Na cultura ocidental a cor negra está associada a morte, trevas, mal e outras conotações negativas. Mas a sua relação com a morte não acontece em algumas culturas orientais onde a cor do luto não é o preto, mas sim o branco.

A pré-imagem do rock ao satanismo. O rock é de fato um dos mais típicos frutos sa era satânica (representado por algumas bandas). Não é a toa que ele surgiu justamente na mesma década em que LaVey lançava as bases do Satanismo moderno. Tanto os livros de LaVey e Crowley quanto as músicas de Little Richard e Rolling Stones são conseqüências de um mesmo momento histórico que exigia a morte de antigos valores e a manifestação de uma nova forma de se ver o mundo. E falar de satanismo é igual a lembrar de morte.

Caveiras: um dos acessórios mais usados pelas tribos urbanas. Caveira é o que mesmo? Ossos de um morto.

Protesto contra a vida: O rock surgiu como a música como protesto para a sociedade dos anos 60. Ele nasceu como evolução da liberdade contra os métodos tradicionais de existência em sociedade. A figura do rock, surge então, como "morte ao padrão de vida tradicional".

Drogas, álcool e violência: Não há como negar que a imagem do rock ficou durante anos, taxada como consumo exagerado de álcool e drogas, conseqüentemente levando a idéia de morte, aumento do número de suicídios e violência. Ainda bem que essa imagem já mudou bastante de figura, mas sem querer, os rótulos de morte ainda nascem muito baseados nesse pressuposto.
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